Silenoz fala à Rock Brigade
RB: Godless Svage Garden obviamente não é o novo álbum do Dimmu Borgir, mas sim uma celebração ao sucesso de Enthrone Darkness Triumphant e uma espécie de presente aos fãs que fizeram daquele disco um sucesso. Esta interpretação é correta?
Silenoz: Bem, é verdade que não nos dedicamos tanto a esse novo disco. Como você disse, é mais um lance dedicado aos fãs, algo pra eles se divertirem enquanto esperam pelo novo álbum.
RB: De quem foi a idéia de laçar o CD, de vocês mesmos ou da Nuclear Blast, sua gravadora?
Silenoz: Foi da gravadora. Quer dizer, eles disseram pra nós que poderíamos lançar mais um disco caso tivéssemos material. Nós dissemos que de fato tinhamos algumas coisas e concordamos que seria uma boa idéia juntá-las em um CD. Em princípio, seria apenas o cover do Accept, as duas regravações e as duas músicas novas. Mas cinco faixas era muito pouco, por isso, colocamos as ao vivo também. E o melhor é que o preço é de um CD normal.
RB: As duas faixas inéditas do disco, Moonchild Domain e Chaos Whitout Prophecy, são sobras das sessões de Enthrone Darkness Triumphant. Elas não entrarão no discvo porque não eram tão boas quanto as outras que estão lá?
Silenoz: Na verdade, acredito que elas sejam muito legais, mas o fato é que não se encaixavam no contexto do último álbum. São músicas mais lentas, e, sinceramente, não estavam no mesmo nível das outras, por isso, ficaram de fora. E tivemos agoram, então, uma boa oportunidade para lançá-las.
RB: Vocês irão tocar estas músicas ao vivo ou está fora de cogitação?
Silenoz: Não, vamos tocar Moonchild Domain e mantê-la no set para promover o disco pelo menos até lançarmos o álbum novo. Depois, porém ela deve ser descartada.
RB: Por que gravar uma versão de Metal Heart do Accept?
Silenoz: Basicamente porque todos nós gostamos destas velhas bandas de metal como o próprio Accept, Judas Priest, Maiden e Manowar. Então foi natural escolher uma música deste estilo para "coverizar". A maioria das bandas do nosso estilo faz covers de músicas de trash ou death, mas nós queriamos fazer uma versão para algo mais suave, que esteve conosco durante nossa infância.
RB: Ainda assim é uma surpresa encontrar esta música num álbum de uma banda como o Dimmu Borgir.
Silenoz: Sim, eu concordo com você. Mas, como eu disse, todos nós curtimos o heavy metal dos bons tempos e muitas bandas alemãs estão entre nossas favoritas. Quisemos homenagear estas bandas e, além disso, escolhemos uma da Alemanha também para agradar nossos fãs naquele país, onde eles estão absolutamente demais conosco. Mas concordo que é uma surpresa uma banda de Black Metal tirar uma música deste estilo.
RB: Em relação as músicas ao vivo que aparecem no disco, qual foi o critério de seleção das mesmas?
Silenoz: Nós escolhemos as que tinham a melhor qualidade de som e menor quantidade de erros [risos]. Obviamente, não é uma boa idéia você lançar músicas que tem um monte de erros de execução. Então, acabamos ficando com aquelas três. Ou quatro, se você tem o vinil.
RB: Aquela versão de Hunnerkonges Sorgsvarte Ferd Over Steppene é bem mais rápida do que aquela que está no For All Tid. Foi intencional deixa-la assim?
Silenoz: Não. Na verdade, a nova versão da música é como ela deveria ter sido desde a primeira vez. Mas, no nosso primeiro disco, Shagrath tocou bateria e fazia um tempo que ele não praticava o instrumento. Então,ele não conseguiu tocar a música direito [risos]. Pudemos fazer o que queriamos fazer desta vez e, como a qualidade do som é muito melhor, você consegue ouvir também todos os detalhes. Acho que ela era uma música boa demais para ficar relegada á versão do primeiro disco apenas.
RB: Vocês encurtaram o nome dela para apenas Hunnekongen. Por quê?
Silenoz: Ah, porque o nome original é comprido demais [risos]. Essa música é sobre Átila, o Huno. Ou seja, não tem nada a ver com os vikings como muita gente pensava. Pensamos até em colocar as letras no disco, mas depois desistimos, pois ninguém iria entender mesmo.
RB: Há planos para regravar outras músicas do For All Tid?
Silenoz: Não, acho que não vamos regravar mais nenhuma. Chegamos a pensar em refazer a faixa título, mas acho que não vai rolar, pois se continuarmos a fazer novas versões não há razão para que as antigas existam. Mas o For All Tid tem uma atmosfera especial e queremos que as pessoas o conheçam. Por isso, não faz sentido "reprisar"o álbum faixa por faixa.
RB: A capa do Godless... é magistral - aliás, como todas assinadas por Andreas Marschall. Vocês disseram a ele o que queriam ou o desenho é idéia dele?
Silenoz: Bem, dissemos a ele que o disco se chamaria Godless Savage Garden e ele interpretou este título na forma da gravura que está na capa. Quando ele mostrou o resultado dissemos: "OK, é isso aí." Simples [risos]. Quem nos indicou o Andreas Marschall foi o pessoal da Nuclear Blast, que nos disse que ele seria a pessoa ideal para o trampo, pois é um grande artista e possui treputação no meio do metal. Então, falamos com o cara e com certeza ele fez um excelente trabalho.
RB: Vocês planejam trabalhar com ele no próximo álbum?
Silenoz: Não, na verdade, já estamos em conversações P. Grøn [N. do R.: o mesmo artista que, dentre outras, fez a capa de Enthrone Darkness Triumphant] e provavelmente ele será o responsável pelo trabalho artístico do novo álbum. Acho que ele até já começou a rascunhar algumas idéias e deve nos mostrar o material para darmos o aval.
RB: Como esta o processo de composição para o novo álbum?
Slenoz: Para falar a verdade, ja está tudo pronto. Temos dez
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